Sobre mim
Uma revisora de textos que escreve e ama ler!
Campo-grandense. Sou formada em Letras pela UFMS, estudo Escrita Criativa, Roteiro e Multiplataformas na Faculdade Novoeste e faço mestrado em Desenvolvimento Local na UCDB.
Campo-grandense. Sou formada em Letras pela UFMS, estudo Escrita Criativa, Roteiro e Multiplataformas na Faculdade Novoeste e faço mestrado em Desenvolvimento Local na UCDB.
Estes 3 livros são ótimas dicas para quem trabalha com textos acadêmicos!
Como grande entusiasta de relógios, de ampulhetas, medidores do tempo em geral, me tornei alguém que nunca imaginei.
Desdobrei uma amizade com o Tempo. A amizade mais difícil e paradoxal. Entenda, ele nem sequer existe.
Depois de muita luta e brigas, entendi-o agora como ele realmente é.
Inexistente, indomável, inortodoxo.
Parece a vocês que ele é ao contrário, afinal, temos que 60 segundos são um minuto e uma hora são 60 minutos e de soma em soma temos um valor de duração das coisas criado por nós e que, portanto, faz sentido. Será mesmo?
Consigo fazer tantas coisas quando estou animada e feliz nas ditas horas do dia. Faço também muito pouco quando a imprestável dor da ansiedade me dobra ao meio e me nocauteia.
Logo, veja só, o tempo não existe. Ele é só um nome bobo dado para os intervalos de vida vivida, porque a gente tem mania de nomear tudo e mais um pouco.
A partir de hoje, luto pelo fim do tempo, súplico só no reino das efemeridades, que a duração vivida sem nome prevaleça! Assim vou vivendo.
Ao meu amigo Tempo, mano velho, sideral e relativo, desejo sua inexistência e um grande vazio cheio.
Eu-estrangeira na própria casa,
este corpo, esta pele
território meu
Se esta terra tem meu nome,
se é a mim e somente a mim a que pertence,
por que nela há tanta guerra?
Tenho em mim meus vales e jardins
Cheios de graça,
inundados por melancolias.
Cultivo flores, vejo ali suas raízes,
Na terra vasta,
partes-Eu suspiram
por instantes
dissolutos.
Ali estão os risos cheios de dentes,
o outro lado daquela terra,
meu eu livre, no mundo imaginado,
andejo por caminhos sem fim,
em busca da pertença [e livre da redenção].