Biografia do autor

Sobre Walter Mignolo

- Nome completo: William H. Wannamaker (seu nome popular - Walter Mignolo);
- Mignolo nasceu em 1 de maio de 1941, na Argentina em uma cidade chamada Coral dos Bustos (Córdovo);

MEIO PROFISSIONAL:

    - Fílosofo;
    - Professor universitário;
    - Crítico literário.

PRINCIPAIS CONCEITOS DESENVOLVIDOS:

- Colonialidade global;
- Geopolítica do conhecimento;
- Transmodernidade.

FORMAÇÕES DO AUTOR:

- 1964 - licenciatura em Filosofia pela Universidade Nacional de Córdobo;
- 1974 - doutorado (École dês Hautes Études).

Bloco 1

A pauta oculta

• A colonialidade é um conceito introduzido por Aníbal Quijano. Esse termo foi explorado por Mignolo como o lado mais escuro da modernidade. A colonialidade está oculta na fundação e no desdobramentos da civilização ocidental, do Renascimento até os dias atuais. Surge com a história das invasões europeias.

• A tese básica- A “modernidade” é complexa, onde o ponto de origem teria sido a Europa, a civilização ocidental vista como símbolo do avanço e progresso, onde ocorre a celebração de suas conquistas enquanto esconde, ao mesmo tempo o seu lado mais escuro, que seria a “colonialidade”.

• A colonialidade é a base da modernidade- não há modernidade sem colonialidade. Não existe também “modernidades globais” sem que exista “colonialidades globais”. O pensamento e a ação descolonial surge e se desdobra no século XVI, como resposta às inclinações opressiva e imperiais dos ideias europeus projetados para o mundo NÃO Europeu.

- Resumo feito por: Aysla Moreira

Bloco 2

O advento de um monstro de 4 cabeças e 2 pernas

Sobre o título do subtópico:

• 4 cabeças:
    - Controle da economia;
    - Controle da autoridade;
    - Controle do genêro e da sexualidade;
    - Controle do conhecimento e da subjetividade.

• 2 pernas:
    - O patriarcado;
    - A raça.

▪︎Os cenários descritos pelo autor: um encontra-se no século XVI, e outro no final do século XX e início do século XXI:

• No primeiro cenário o autor descreve o mundo no período de 1500, onde se encontrava um mundo policêntrico (varios centros de direção ou decisão de uma organização, ou sistema) e não capitalista. Além disso, existiam diversas civilizações que coexistiam;

• Já no segundo cenário, que se passa nos séculos XX e XXI, ocorre uma interconexão no mundo através do capitalismo (tido como único meio de economia, o qual direcionava sua visão para a globalização) e diferenciado por haver uma distinção tanto de teorias, quanto de práticas políticas.

▪︎Entre os dois cenários, surge a "modernidade" como colonização dupla do tempo e do espaço (pilares da civilização ocidental):

• Tempo: Criada pela invenção renascentista da Idade Média;
• Espaço: Criada pela colonização e conquita do novo mundo.

▪︎Dentro do segundo cenário, Mignolo destaca duas orientações que ele dita como "gerais":

• Globalização da economia e a diversidade de políticas globais que estão se desenrolando no contexto histórico:

Pós-nacional, para o mundo europeu, significa o fim do nacionalismo. Já para o mundo não europeu, simbolizava uma identidade que já existia antes do surgimento do nacionalismo (forma de indentiifcação que estava indo contra a globalização) na Europa e sua disseminação pelo mundo. Dentro disto, é mostrado os dois lados da globalização:
      • Narrativa da modernidade;
      • Lógica da colonialidade.

• A multiplicação e a variedade de movimentos, projetos e manifestações contra a globalização neoliberal (novo regime de acumulação do capital).

▪︎Karen Armstrong, historiadora do Islã, é citada por Mignolo que explica dois âmbitos importantes, sobre os cenários:

• Economia;
• Epistemologia.

▪︎Então, é retratado os acontecimentos que existiam de forma paralela ao avanço da economia e do conhecimento, que seria a forma como o ser humano passou a ser visto como algo descartável/dispensável, assim como também a vida, e que isso se deu através da Revolução Industrial até o século XXI. Tal forma que passou a ser ocultada pelo crescimento da modernidade, pois práticas econômicas se desfaziam de vidas humanas, e no conhecimento era justificativa para o racismo e inferioridade de pessoas.

- Resumo feito por: Lavinia Menezes

Bloco 3

A formação e as transformações do "patrón colonial do poder"

• A ordem mundial é legitimada a partir do fundamento racial e patriarcal.
Descrito por quatro domínios inter-relacionados (controle da economia, da autoridade, do gênero, da sexualidade, do conhecimento e da subjetividade) são sustentados pelo fundamento racial e patriarcal e desdobrado em duas direções paralelas.

• A construção de um poder mundial capitalista, moderno, colonial e eurocentrado. A partir da criação de uma ideia baseada na raça, que foi biologicamente imaginada para naturalizar os colonizados como inferiores aos colonizadores.

- Resumo feito por: Jamili Cauane

Bloco 4

Futuros globais, opções descoloniais

"A opção descolonial não visa ser a única opção" .

• O autor estabelece nesta parte finalizatoria da obra, a relação da descolonialidade e o futuro global. Mognolio descreve cinco trajetórias possíveis que moldaram a sociedade inteiramente no século XIX; reocidentalização, a descolonialidade e a espiritualidade, buscando entender as relações conflitantes e diplomáticas e a coexistência da compatibilidade nelas, com o intuito da obtenção da igualdade, ou seja, a quebra da colonialidade.

• A ordem que o filósofo pressupõe em seu manuscrito é pluriversalista, se contrapondo com o universalismo. Na sua teoria, há a formulação do ideário de projeto social, citando o raciocínio de Othan Cugoano; "nos coloquemos enquanto pessoas, Estados, instituições, no lugar onde nenhum ser humano tem o direito de dominar e se impor à outro ser humano" - seguindo a linha de Mignolo a partir do pressuposto que é preciso pensar e considerar mais de uma opção.

- Resumo feito por: Maria Clara

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