Projeto de Extensão - Pacha Mama

Nesse espaço democratizamos o acesso a informação sobre relações de gênero, especialmente sobre a luta por equidade de direitos entre mulheres e homens e o empoderamento feminino. Queremos provocar reflexões sobre a igualdade de gênero, movimento feminista e mulheres empoderadas.


Quem Somos?

Somos um projeto de extensão sobre Feminismo e EcoFeminismo pelo Núcleo de Gênero e Diversidade do Instituto Federal do Rio de Janeiro - Campus Maracanã.


Um pouco sobre nossos posicionamentos e sentimentos.

Muito se tem discutido, nas últimas décadas, sobre o papel da mulher na sociedade. A ocupação do espaço público pelo feminino – seja no mercado de trabalho, na formação acadêmico-profissional – acelerou, mas não trouxe a igualdade desejada e precisamos discutir, construir um mundo que aponte para igualdade de gênero. Hoje, admite-se que a mulher saia de casa para exercer funções que, na maioria das vezes, são braçais, mas, infelizmente, ainda se questiona se esse público ocupa, pleiteia espaços considerados de poder, intelectuais, ocupados majoritariamente por homens. Como um legado da tradição cristã, os homens são considerados os cabeças, ou seja, o intelecto, o chefe, o líder, e as mulheres o corpo, estando, portanto, (sub)julgadas, submetidas à cabeça. Disso decorre, por exemplo, a orientação de que mulheres devem obedecer, devem ser conduzidas pelo cabeça, pelo mentor. Nesse caso, não poderiam ou estariam capacitadas para serem líderes. Fica evidente que essa orientação cultural impõe às mulheres modelos de opressão, de medo, dentro e fora de casa.

Criadas através de pilares que orientam à obediência, desde a pequena infância, são conduzidas a entenderam que “isso não é coisa para menina fazer” – quer seja jogar bola, não querer usar laços de fitas, não gostar de brincar de boneca e de panelinhas. O mundo das barbies e das princesas não é, necessariamente, aquele que as meninas desejam sonhar, mas são levadas a pensar que toda mulher necessita de um príncipe com quem vai ou precisa se casar para ser protegida desse mundo tão cruel. Esses esteriótipos alertam-nos para a necessidade de questionarmos práticas excludentes e que, frequentemente, diferenciam a capacidade de meninos e de meninas, marcam a divisão sexual de tarefas etc. Cumpre que reivindiquemos, nas relações sociais, novas formas de pensar e de fazer, porque é mais do que urgente discutir que mulheres têm igualmente valor, ainda que não se enquadrem nesses padrões. É mais do que urgente valorizar, fortalecer o feminino, combatendo o assédio, a violência, o medo, o julgo desigual.

A luta feminista é uma causa que, sem dúvida, move este projeto, por sermos mulheres, por enfrentarmos batalhas diárias, quer seja a caminho da escola, em instituições de ensino, no relacionamento com parentes e vivendo em uma sociedade, que, diariamente, nos impõe padrões rígidos a como nos portar, o que dizer etc. Enfim, lutas que, certamente, homens não travam. De fato, nós, mulheres, não seríamos nada sem essas lutas e desafios e sentimos que temos o dever de dar continuidade ao que nossas antepassadas iniciaram… É por elas que, hoje, estamos aqui nesse lugar de desconstrução, de quebra de paradigmas, de incômodo… Sentimos a necessidade de transmitir informações confiáveis e de ajudar outras meninas/mulheres a agir contra as opressões que sofremos, consciente ou não disso, e, de fato, de contribuir para mudar a vida de pessoas de alguma forma. Quando se muda a vida de uma mulher, se muda a vida de uma família, de um bairro, de uma cidade, de um país, de uma sociedade, de uma época… De repente, você, mulher, que nos lê, se sente desencorajada a pensar sobre, porque ninguém a sua volta pensa assim. Sem dúvida, torna-se mais fácil pensar diferente quando se está em uma família, em ciclo, não tão conservador porque se tem espelhos ou mãos para se apoiar, mas, quem sabe, você é a lanterna que vai iluminar a vida de quem te cerca a se libertar das amarras e da caverna. Então, coragem! A luta é nossa! Vamos juntas!

Lembre-se que o ativismo da causa não se reduz a participar de protestos, mas a ações do nosso cotidiano. Decidimos escrever o blog “Pachamama”, porque somos bombardeadas por discursos agressivos, toda vez que contra-argumentamos falas de grupos hegemônicos. Dessa forma, torna-se urgente assumir o controle das narrativas. O feminismo torna-se importante para avançarmos e protegermos os direitos de mulheres e de meninas, que desde muito cedo são machucadas de diversas formas. Nosso blog abordará, fundamentalmente, assuntos relacionados à promoção de igualdade de direitos e de oportunidades entre mulheres e homens, respeitando a diversidade do universo feminino e valorizando, sobretudo, a inclusão.

- Kaylane Machado, Érica Almeida e Flávia Vieira

"Meu filho pode brincar de boneca?"

Brinquedos de Menina e Brinquedos de Menino

Existe toda uma construção social e cultural que condiciona homens e mulheres, desde a infância, a serem de uma determinada forma de acordo com seus respectivos sexos biológicos.

-> Tudo bem a menina brincar de boneca e o menino brincar de carrinho, desde que não sejam privados de brincar com brinquedos por serem designados ao gênero oposto.

-> Os brinquedos considerados “de menino” promovem a ideia de que eles podem construir, consertar coisas... São brinquedos que mexem mais com a lógica. Já os brinquedos considerados para “de menina” promovem a ideia de serem do lar (cuidar da casa, filhos).

Estes papéis impostos pela sociedade obrigam isso e tantas outras coisas ao longo de nossas vidas e cabe a nós revertermos esse pensamento. Ninguém quer ensinar seu filho ou sua filha a brincar disso ou daquilo. E cabe lembrar que brinquedos não definem a orientação sexual. Brincar com determinado brinquedo não irá determinar se a sua filha ou filho irá se relacionar com o sexo oposto ou não. Consideramos importante que todas e todos possamos ser quem quisermos, sem julgamento apesar das diferenças. Algo que é muito discutido também é o ensino de educação sexual nas escolas, muitas pessoas associam com o suposto kit gay. Ele nunca existiu, mesmo assim foi muito discutido nas eleições de 2018. Ainda nos dias de hoje muita gente acredita que a educação sexual tem como objetivo ensinar os filhos, principalmente as meninas, a fazerem sexo e coisas do tipo. Isto não é a verdade. A educação sexual promove a discussão sobre o respeito e o entendimento limite do nosso corpo. Por exemplo ensinar as crianças que outras pessoas não podem tocar no corpo delas pode prevenir o abuso sexual

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