Então... Li o relato de uma apresentadora (sobre os julgamentos por amamentar em público) e me solidarizei pelo simples fato de saber o que ela estava passando. E mesmo diante da polêmica sobre amamentar em público, lembro que a única coisa que eu pensava, na época em que engravidei, era descobrir o que existia por traz de todo aquele universo que era ser mãe.
Assistindo alguns programas americanos de TV descobri o livro "O que esperar quando você está esperando"...
Um livro que me ajudou bastante.
Nele aprendi a preparar meus seios para a amamentação.
Não foi algo muito fácil de ser feito tendo em vista que era um tanto quanto dolorido, porém dava para resistir!
No livro ensinava passar uma bucha vegetal em volta dos seios e no próprio bico, com um certo vigor e a cada dia aumentar, pois assim a pele ia "descamar" e iria crescer uma mais forte e resistente para o que estava por vir ( coisas essas que nem imaginava).
Agradeço todos os dias ao livro, talvez se não tivesse feito, teria sido pior e teria desistido de amamentar.
EU NÃO FAZIA IDEIA QUE na primeira semana NÃO DESCIA LEITE.
Era muito cansativo ter que dar de mamar de meia e meia hora e ainda encarando uma depressão pós parto.
(Que naquela época, antes de sentir na pele, eu acreditava ser palhaçada).
Meus braços viraram travesseiro e ainda era obrigada a ouvir pessoas dizendo que eu estava o acostumando mal e que NUNCA MAIS ELE DESGRUDARIA DE MIM...
Como assim NUNCA MAIS?!
Filhos crescem e com certeza eu iria sentir falta de cada "formigamento" nos braços por eles estarem, naquela ocasião, servindo de travesseiro.
Só que não tinha jeito! Ou eu fazia aquilo ou eu não teria forças pra seguir com meu propósito!
Meu peito ficava para fora literalmente e eu só o trocava de um lado ao outro a cada mamada.
E vou te falar?!
Dava de mamar em qualquer lugar.
No shopping, no supermercado, na fila do banco... Aonde ele quisesse lá estava eu com o peito para fora!
Nem perdia tempo de tampar ...
Hoje meu Primogênito está com 18 anos, mamou até quase 3...
Com o caçula (da foto) não foi diferente!
A única diferença é que quando ele fez quase 4 anos, eu estava lutando para ele sair do peito por já está esgotada!
Não levanto a bandeira do "Tem que alimentar ao peito para saber o que é ser mãe de verdade", minha bandeira seria para - mais explicações sobre amamentação, pós parto e a atenção aquela mãe que acabara de dar à luz e está só emoções.
Explicar que não é tão fácil quanto pregam por aí... a tal da - romantização da maternidade.
E confesso que, até mesmo com o segundo filho, achei que não fosse conseguir!